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terça-feira, 25 de junho de 2013

Pilates emagrece?


Algumas pessoas acreditam que basta subir na balança e pesar menos para que tenham perdido peso. Devemos lembrar sempre a necessidade de uma dieta equilibrada e disciplina na prática de atividades aeróbias para que percamos peso gradativamente. Entre os exercícios aeróbios estão a caminhada, carrida, natação, pular corda, pedalar, andar de patins, entre outros que contribuem muito neste processo.
O foco principal do Pilates é a consciência corporal durante os exercícios combinado com a respiração e postura. Existem outros benefícios de melhora das capacidades físicas que são mais visíveis na prática do método, como: melhora da flexibilidade, equilíbrio, coordenação motora e resistência muscular, onde podemos elaborar as sessões com estratégia de intensidade que favorecem no processo de emagrecimento, usando alguns exercícios quem elevam a frequência cardíaca do aluno.

O Emagrecimento não decorre exclusivamente da prática do Pilates, mas de uma combinação de fatores. Também depende da composição corporal do aluno, do nível de esforço e dos tipos de exercício trabalhados durante a aula. No entanto ele não é um exercício aeróbio.
Normalmente, o gasto energético com o Pilates fica abaixo do que precisamos para “queimar gordura”. Precisar a perda de calorias numa aula de Pilates é bem difícil pois as aulas tem objetivos diferentes para cada aluno, mas normalmente consideramos um média de 400 calorias por sessão, que varia conformo os exercícios realizados por cada aluno.
Outra estratégia para o gasto energético ser maior na aula é realiza-la sem intervalo de descanso, tornando a série mais intensa. A utilização de assessórios, como por exemplo o jump board, também contribui para atingir os resultados mais rapidamente.


Adaptado de: Revista alongamento e Pilates.

domingo, 9 de junho de 2013

Quanto tempo devo esperar para voltar ao Pilates após uma cirurgia?

Essa é uma dúvida muito frequente entre os praticantes de Pilates. Como deve ser o retorno aos treinos quando se faz alguma cirurgia?. A revista Pilates Style, referência do meio para os americanos, trouxe a resposta a esta dúvida. Quem responde é o instrutor Rael Isacowitz, reconhecido internacionalmente como um expert da área.



Pergunta: “Quanto tempo você deve esperar para fazer Pilates depois de uma grande cirurgia?”
Resposta: Tudo depende do tipo da cirurgia. Para a maioria das cirurgias ortopédicas – joelho, quadril ou ombros – o objetivo é retornar às atividades o quanto antes. Isso também vale para cirurgias abdominais, em que andar em casa um ou dois dias depois da cirurgia é recomendado para ajudar no restabelecimento. É claro que existem exceções, como as cirurgias na coluna, e é muito importante seguir as orientações do seu médico. Mas a essência é que se movimentar é bom.

Movimentar-se não significa necessariamente fazer Pilates, ou mais especificamente o tipo de Pilates que você estava acostumado a fazer. Em geral, o processo implica séries mais leves no início, para depois ter uma movimentação mais ativa. Essas fases devem ser acompanhadas com foco na consciência corporal e a definição correta dos músculos no padrão correto. A sequência é o fortalecimento gradual e o treinamento funcional.

Isso tudo pode ser alcançado nas sessões de Pilates. No entanto, sua rotina de treino e cada exercício precisam ser adaptados para a sua situação. Essa é a importância de treinar com um professor experiente, que saiba trabalhar com lesões e doenças, tenha uma boa compreensão do repertório que o Pilates oferece e saiba como modificar os treinos, suprimindo alguns movimentos.

É importante lembrar que o corpo precisa de tempo para se curar. Boa alimentação, exercícios, boas noites de sono e pensamento positivo ajudam muito, mas o fato é que o processo pode ser melhorado, mas não apressado. Eu cometi o erro de apressar minha reabilitação depois de uma cirurgia no ombro porque fui incapaz de aceitar que, embora com força de vontade e energia, não poderia acelerar o processo de recuperação. Eu me machuquei várias vezes pegando pesado e na verdade atrasei esse processo. Quando o tempo veio cobrar o outro ombro, eu estava muito mais cauteloso e equilibrado.

Sem dúvidas, o Pilates pode ter um papel fundamental para o nosso retorno ao dia-a-dia e nossas atividades atléticas. Certamente o fez em minhas cirurgias. Eu não teria conseguido recuperar 100% das funções dos meus ombros sem a prática. Depois de serem submetidas a fisioterapia pós-cirurgia e de voltar a suas tarefas diárias, as pessoas raramente são instruídas a continuar com outros programas de exercícios. Mesmo que recebam um treino no papel, vamos encarar, sem instrução, muitas pessoas não vão fazê-lo e, mesmo com as melhores intenções, inevitavelmente haverá consequências. Existe uma grande diferença entre executar tarefas diárias, como tomar banho e pentear o cabelo, e os exercícios (Pilates, corrida, ciclismo, natação, etc.). É para fazer essa ponte que o Pilates vem, e poucos métodos de treinamento, se houver, serão tão bons.

* Do original: “Ask the experts – How long should you wait to do Pilates after major surgery” (Pilates Style, p. 20 – Edição Mai/Jun 2013)

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Lombalgia em corredores e suas possíveis causas.

A coluna vertebral é a responsável pela sustentação, mobilidade e agilidade da estrutura corporal. Ou seja, para qualquer corredor ou triatleta a saúde dessa parte do corpo acaba se tornando tão importante quanto um bom condicionamento físico e muscular.

Lombalgia é um nome genérico de dor lombar”, explica Carlos Andreoli, ortopedista do Centro de Traumato-Ortopedia do Esporte da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp). “Quando o esportista reclama desse tipo de dor é necessário investigar um pouquinho mais para saber se ela é decorrente de fraqueza muscular, abuso da lombar por sobrecarga ou alguma lesão mais séria”, detalha.

Dores mecanoposturais
As dores mecanoposturais são as de maiores incidências em corredores e triatletas, explica Andreoli. Esses incômodos acontecem por excesso de esforço físico. “Essa dor acontece por sobrecarga. Ela pode acontecer quando se corre em excesso ou em corredores iniciantes, que não têm as musculaturas da lombar e do abdômen fortalecidas”, ressalta o ortopedista. Outro fator que contribuí bastante para as dores lombares é o aumento abrupto de volume e intensidade, explica.

Fratura por estresse
Andreoli, que também é médico do Instituto do Atleta, aconselha que toda dor que fuja do mal-estar muscular após o exercício físico precisa ser mais bem avaliado com exames. “Às vezes essas dores podem ser um discite (lesão por inflamação), hérnia discal ou alteração óssea. Como também existe fratura por estresse em pé de corredor, em tíbia existe também fratura por estresse na coluna lombar”, afirma.

Hérnia de disco
O ortopedista alerta que em alguns casos a dor pode se irradiar para outras regiões do corpo além da lombar. Quando isso acontece, o esportista precisa ficar atento aos sintomas e procurar auxílio médico. “Quando a dor começa a irradiar para o glúteo e para a parte posterior da perna, isso pode indicar uma hérnia de disco lombar, e esse é um caso um pouco mais avançado”, explica Andreoli, que aconselha a interrupção da atividade física quando isso acontecer.

Sacroileíte e bursites
Por algumas vezes dores nas costas não estão diretamente relacionadas com fadigas musculares. O ortopedista do Instituto do Atleta alerta que existem outros fatores que causam incômodos na região lombar. “Existe um diagnóstico diferencial das dores lombares. Um deles é a sacroileíte, uma dor na transição entre o fim da lombar e a crista ilíaca (osso da bacia), em que o foco da dor é no meio do glúteo. Além disso, têm as dores mais laterais, que podem ser bursites”, esclarece.

Fortalecimento muscular
Andreoli crê que o foco da medicina esportiva é a prevenção, por isso o ortopedista vê como benéfica a prática de atividades físicas que ajudam a fortalecer grupos musculares de apoio. No caso das costas, os exercícios de core training são os mais indicados. “Dentro da planilha de treino precisa existir um programa de fortalecimento global e também da coluna lombar. O alongamento também é outra atividade indispensável”, aconselha.

Lombar saudável
O ortopedista afirma que algumas alterações no dia a dia podem ser feitas para melhorarem a saúde lombar e ajudar na preservação dessa região do corpo. “Usar sapatos mais confortáveis, com solas de borracha e não de madeira e evitar sentar em cima das pernas, além de tentar ter uma postura mais adequada enquanto se está dirigindo ou na frente do computador”, diz Andreoli.

Matéria publicada em portal Webrun