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domingo, 4 de janeiro de 2015

Benefícios e cuidados com o uso de bolas fitness

As bolas se tornaram um excelente instrumento nos treinos físicos. Cada modelo tem sua função, mas o principal é dificultar o exercício, aumentando e potencializando os resultados.
Danielle Della Nina, educadora física e instrutora de Pilates, explica que o trabalho com bola teve início na fisioterapia, nos processos de reabilitação motora e entrou no circuito de atividade física com o surgimento das modalidades funcionais. “Alguns treinos a utilizam como equipamento, como no trabalho de CORE 360° [sistema de treinamento funcional], na aula de Pilates, no alongamento e em aulas de abdominal”, cita.

As bolas podem ser utilizadas tanto na reabilitação, nas academias e nos estúdios de personal trainners, quanto nos treinos funcionais. “Cada bola tem diferentes funções e é uma excelente ferramenta para diversificar e estimular o aluno, deixando a aula mais atrativa”, comenta o educador físico e personal trainer Gabriel Gianetti.
Ele cita coordenação motora, equilíbrio, potência, força e agilidade como algumas das capacidades físicas que podem ser estimuladas pelo uso das bolas fitness. “Cada modelo é interessante para estimular uma capacidade física diferente. A escolha de cada uma depende do objetivo da aula”, explica.
Segundo Danielle, tanto no trabalho funcional como no Pilates, a bola desempenha o papel de uma base instável. Gerando instabilidade, provoca o trabalho dos músculos estabilizadores, primeiros a serem acionados até para pararmos em pé, mesmo antes dos músculos mobilizadores. “São pequenos músculos que sustentam principalmente a coluna. A bola faz com que eles se fortaleçam, melhorando a propriocepção [localização espacial do corpo]e o equilíbrio”, detalha.
Facilitadora
Mas nem todas têm a função de gerar instabilidade. “Elas podem proporcionar diferentes posições e agir como um facilitador ou dificultador do movimento. Conseguimos utilizá-las tanto para o trabalho de força como para alongamento dos diversos grupos musculares”, afirma Gianetti.
No alongamento, a bola é usada como apoio para melhorar a performance no exercício. “Como acompanha a circunferência do corpo, ela permite fazer exercício por se adequar a esse contorno, aumentando a amplitude do movimento”, explica Danielle.
Já no Pilates, além da potencialização do trabalho do Power House - o centro de força, também conhecido como musculatura abdominal profunda -, ela desenvolve o princípio de fluidez, que trabalha um movimento contínuo. “As bolas só agregam e otimizam todos os trabalhos”, afirma a educadora.
F.L.Piton / A Cidade
Segundo Danielle, as bolas só agregam e otimizam os trabalhos
Uso não tem limite de idade
Por ser instável no primeiro contato, é preciso ter cuidado ao trabalhar com a bola para não cair e escorregar. Cada uma tem tamanho e diâmetro diferente. “Na primeira vez é ideal colocar os pés apoiados na parede até que a pessoa tenha segurança e vá evoluindo aos poucos”, diz o personal trainner Gabriel Gianetti.
“É importante ter atenção e respeitar o exercício, pois acidentes podem acontecer. Alguns exercícios requerem mais habilidade e precisam ser treinados previamente, passando por fases que os antecedem”, alerta Gianetti.
E não há idade para o uso da bola na atividade física. Com as crianças ela permite desenvolver movimentos lúdicos, trabalhar rolamento e até equilíbrio, seja colocando-a entre os joelhos ou ficando em pé sobre ela. “A base do uso da bola é um trabalho de equilíbrio. No idoso pode se desenvolver um trabalho de quadril, que vai ficando rígido e perdendo a mobilidade com o tempo, facilitando a prática do exercício”, ressalta a educadora física Danielle Della Nina.

fonte: Jornal A cidade